quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A Psicologia do Elefante

Este artigo abordará um tema instigante para mim e espero que para você tbm. Vamos falar de crenças psicológicas falsas. Isto mesmo, verdades mentirosas.


Uma grande lona sempre era armada em lotes espaçosos e trazendo tbm vários animais. Dentre todos os animais, o que mais me fascinava era o elefante. Sempre majestoso imponente; um animal tão forte, capaz de arrastar toneladas e que ficava acorrentado a uma estaca de madeira enfiada a poucos centímetros dentro do solo. E eu me perguntava porque aquele elefante não fugia já que era possuidor de uma força descomunal capaz até de arrancar uma enorme árvore. Só muitos anos depois entendi que quando bebê, aquele elefante ficava acorrentado na mesma estaca e na época era o suficiente para aprisioná-lo. Elefante não tem consciência e não sabe que cresceu e ficou forte e ninguém nunca lhe disse que ele agora não era mais bebê, portanto, aquela corrente atada na estaca não mais seria suficiente para segurá-lo. Elefante é elefante, você nunca verá um elefante se olhando no espelho, tirando foto... ele não tem ambição, não tem vaidade, não quer se aposentar, se casar e muito menos comprar uma casa na praia. Ele quer ser apenas elefante; ele não pensa é irracional. Existem muitas pessoas que são verdadeiros elefantes e se comportam como tal. São fortes, mas acreditam ainda que sejam criancinhas; bebês aprisionados em medos e correntes do passado. Se você que está lendo este texto acha que a corrente que o prende a sua estaca é forte, tudo bem... mas lembre-se que esta estaca que no passado aprisionou-o, hoje é frágil e fácil de arrancar. Então, independente do problema que vive, seja casamento falido, a crença de que é incapaz, o medo da solidão ou de fracassar; lembre-se que são apenas correntes presas e estacas débeis. Quem te segura não são os elos grossos da corrente arrancado a estada. Os elos não mais te prenderão. Não importa se são feitos de aço. A maioria das pessoas se intimida com o calibre dos elos, do material da corrente... Seu foco deve ser a estaca. Puxando a estaca você não será detido pelas correntes. Faça algo diferente do elefante.Seja humano, tenha consciencia de sua força, de seu desejo, do seu querer, de seus potenciais. Caso contrario vc receberá somente aplausos por ter se comportado como um verdadeiro bicho de picadeiro... domesticado e muito obediente e acreditando sempre que vc não poderia viver se as estacas existenciais do passado .

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Como você tem beijado?

Todos já ouviram seu nome pelo menos alguma vez, estou me referindo a Sigmund Freud. Esse austríaco que teve idéias muito “malucas” para a sociedade vitoriana. Esse sujeito que deixou muita gente de cabelo em pé na sua época, e até hoje causa discussões acaloradas, foi veemente no tocante ao beijo. Este entendia se tratar de uma manifestação ou seria melhor um resquício da oralidade da infância. Eu prefiro uma definição mais popular: Diria que sentimos um saudosismo da mamada lá dos primeiros dias de vida. A certeza que fica é que sem beijar fica difícil viver. Na verdade quando você leu esse titulo você não quer saber nada da vida de Freud. Na verdade o que te interessou é que você tem dúvida quando o assunto é beijo e parece que com o passar do tempo as dúvidas sobre as coisas mais banais são as mais importantes. Você não está só, muitos questionam a qualidade;eficiência ou a ausência do beijo. E fica mal para um adulto admitir em público ter dúvida sobre um tema que parece tão pueril mas na verdade falamos muito pouco de beijo. Não me lembro de nenhuma instrução mais pormenorizada sobre esse ritual. Uma pena! Alguns se interessam por esse artigo por saberem que já faz um tempão que não beijam e qualquer esboço de uma cartilha do beijo causa frenesi. Não vou dizer de antemão que você não vai aprender nada sobre o beijo, prometo iludir vocês somente o necessário para prender a atenção de vocês leitores até o término desse texto. Posso garantir que você não aprenderá a ser um exímio beijador, mas talvez você aprenda a não cometer os deslizes elementares dos que faliram na arte de beijar. É muito comum vermos casais se beijando loucamente... Não precisa ser parente de Freud muito menos psicólogo para afirmar que ali há paixão e desejo e talvez nenhum amor. Corpos entrelaçados querendo se fundir num só, uma entrega absoluta e incondicional. Na verdade o beijo vende! Vou explicar melhor: O cinema usou e abusou muito das cenas de casais enamorados que terminavam uma discussão ou selavam juras de amor eterno no altar com cenas memoráveis do beijo. Ou o famoso beijo na chuva que sempre despertou a vontade de fazer o mesmo. Talvez porque o melhor gosto do beijo se afine e esteja em sintonia com a natureza. Sabe-se apenas que ninguém fica indiferente a uma cena de beijo. Não é verdade? Alguns ficam enfurecidos, outros saudosistas, outros invejam;,outros lamentam e poucos aplaudem sinceramente. Em meio a tantos beijos, o que melhor temos é o nosso próprio beijo... é quando você passa a ser protagonista e não um mero espectador. Talvez porque beijar não combina com o pensar.Quando se pensa muito se beija muito mal. A razão não é o melhor lugar para preparar o terreno fértil para nascer o beijo. Na contramão do beijo que contagia as pessoas de emoção temos os casais que se beijam por dever ou obrigação. Alguns chamam de selinho... é um beijo que deveria receber um selo de reprovação por algum órgão tipo immetro, pq na verdade esses beijos são conhecidos como beijos chuchu. É muito fácil saber quando você beija com gosto de chuchu; o gosto é nada. Esses casais beijam para cumprir protocolo... Beijar sem vontade é o mesmo que respirar sem pulmão. O automatismo e a pressa são as desculpas para o beijo chuchu. Eles alegam que estão sem tempo para beijar; as contas, o banco vai fechar, o trânsito... enfim, tudo é elencado na qualidade de pretexto. A única verdade que não vem à tona é que não existe mais desejo. O que não pode ser dito por palavras vem em forma de beijinhos sem graça. Já ouvi relatos de mulheres que reclamam que os maridos querem transar sem beijar. Como já dizia certo poeta: “beijar é falar um segredo que o ouvido não tem competência para escutar; somente a boca”. Posso garantir que sua melhor relação sexual coincidiu com os melhores beijos. Enamorar, apaixonar-se é render-se ao beijo desmedido, muitos condenam e não gostam de ver casais se beijando e recriminam em nome da moralidade. Esses indivíduos estão no calabouço da vida respirando o azedume da descrença existencial. A verdade é que ensaiamos o beijo antes mesmo de respirar com nossos pulmões no ventre materno. De certa forma estamos lá dentro da cavidade uterina com o dedinho na boca talvez para prepararmos ou massagearmos a nossa boca para árdua e prazerosa tarefa de beijarmos. Ninguém escapa: mães, pais, animais, espelhos e laranjas na adolescência, filhos, maridos e esposas. Para cada pessoa um tipo de beijo; temos o beijo fraternal, o beijo de carinho, o beijo de paixão, o de gratidão e o de agradecimento. Mas cá pra nós, como fica a sexualidade com um beijo que é parente do beijo chuchu? O pai que um dia beijou a filha sem amarras, hoje se sente tolhido em nome da vergonha, a filha é impedida de beijar o pai porque é pagar mico, a esposa esquece-se de beijar sem pensar nas contas do dia seguinte, alguns esquecem até de fechar os olhos... É verdade, Freud estava certo. Quando pequenos mamamos e aprendemos que pela boca vem nossa sobrevivência; é instintiva a descoberta desse buraco que temos na face, só que junto com o leite materno pode vir afeto, amor, aceitação ou rejeição, indiferença ou amargura... Depois mais tarde podemos nos alimentar de modo saudável ou ingerir drogas. Podemos dizer palavras edificantes ou destruir o outro com maledicência. Finalmente acredito ser mais fácil seguir a cartilha que aconselha: usar a boca para encurtar o caminho da emoção que vem do coração. Então fica a certeza que se você não tem beijado bem, você não tardará a ficar anêmico de alma; logo estará faltando o nutriente fundamental: amor